Paulo Scott, um dos nomes mais originais da literatura brasileira, reúne poemas que expressam a perplexidade diante de um mundo esgotado, sobrevivendo à pandemia e a frieza das telas de celulares e computadores.
Luz dos Monstros provoca novas maneiras de nos lermos. Apesar do esgotamento, a poesia de Paulo Scott floresce uma nova língua. Mesmo sob a proteção da crueldade sempre renovada do capitalismo, a comunicação persiste. Mesmo num tuíte, a "mão untando o código" pode desarmar a cegueira causada pelas telas. A felicidade e o amor resistem. Na poética transgressora de Paulo Scott, a guerra é contra a inquietação cegante das máquinas e sua não aguardada onisciência, dirigida por um crescente silêncio inumano, em prol do "sublime saber amar".
Paulo Scott é autor de, entre outros, A timidez do monstro e Mesmo sem dinheiro comprei um esqueite novo. Seus textos estão publicados em Portugal, Inglaterra, China, Argentina, Alemanha, Croácia, México, França e Estados Unidos.