"Mulheres" (1933), romance de estreia de Mihail Sebastian, é sua segunda obra publicada, após a novela curta "Fragmentos de um diário encontrado" (1932).
A história acontece em quatro partes, sutilmente articuladas pelas memórias que flutuam entre elas. O livro acompanha a vida de Ștefan Valeriu, desde a juventude em um resort nos Alpes até a vida adulta já estabelecida entre Paris e Bucareste.
Na contramão do ideal romântico e burguês do amor, "Mulheres" explora temas como o vazio, as contradições e os desencontros que caracterizam o sentimento amoroso e, mais amplamente, as relações humanas. Renée, Marthe, Odette, Emilie, Maria e Arabela não são apenas os nomes das mulheres com quem o protagonista se relaciona: elas também simbolizam retratos da Europa entre guerras.
E, em última análise, "fazem e definem" Valeriu, na medida em que ele, talvez, não tenha contornos próprios definidos. Ou, ao menos, eles não nos são revelados. "Mulheres" é, enfim, um hino ao amor em todas as suas formas — muitas vezes imprudentes, outras gloriosas e sobretudo efêmeras.